Há uma certa tendência nos telemóveis que me fazem chegar ao iphone. Parece que o mundo inteiro devia ter um. As pessoas deixam mesmo que dizer "onde está o meu telemóvel?" para passar a perguntar "onde está o meu iphone?". Os telemóveis são uma coisa. Os iphones são uma entidade.
Quando me actualizei e
passei do telemóvel a preto e branco para um smartphone houve alguma coisa que se alterou. Eu já podia fazer todas as coisas que antes não queria, nem precisava. Mas passado dois anos não foi o suficiente.
Viver com um nerd também não ajudou nada. E hoje tenho um iphone. E, portanto,
hoje percebo qual é o problema das pessoas com a escrita super inteligente e autónoma que o iphone decide fazer.
Espaço. Hoje posso ter tudo que bem me apetecer dentro daquela máquina.
A rapidez. Um ponto tão positivo de ter um iphone!
Face time. A invenção século. Falar de borla entre iphones. Tudo bem que é um egoísmo ser só entre iphones, mas em todo o caso dá muito jeito,
tendo em conta que o meu antigo telemóvel ultimamente nem me permitia atender quanto mais falar...
O som. Parece uma verdadeira aparelhagem. Vai comigo para o quarto, para a cozinha, para o banho...
Aplicações. Aprendi que existem aplicações para tudo,
inclusivé uma aplicação que me manda beber água de meia em meia hora.
Gosto pouco de receber ordens e muito menos vindas de uma máquina... portanto apaguei-a com a mesma rapidez com que a instalei. Se estiver doente e me esquecer dos medicamentos, há uma app para me lembrar. Se quiser escolher a melhor fruta no supermercado há uma app para me ajudar. Ainda não consigo fritar ovos e ainda continuo à espera de uma app para passar a ferro. Mas tudo bem, serei eu a inventá-la!