Brinquedos de ontem e de hoje


Comprar uma prenda para as crianças de hoje é mais difícil do que escalar o Evereste. Ou é porque já têm, ou é que porque há muita oferta ou é porque são muito exigentes... Tentei comprar um jogo de tabuleiro mas deparei-me com o velho Pictionary em formato Wii. Ora vamos lá perguntar a uma criança se prefere desenhar num papel tradicional, sempre a mesma coisa, ou pintar numa espécie de quadro interactivo e ver o seu desenho na televisão? Hum, hum...

Hoje em dia há vários formatos do nosso (nosso!) Monopoly, ele é com cartão de crédito, ele é versão especial júnior, especial edição xpto, cidades do mundo, cidades nacionais, hotéis de 5 estrelas, eu sei lá, mas esses tabuleiros acabam por ser até mais caros do que os interactivos para playstations e derivados. Hoje, há trezentas edições do Party&Co, do Trivial Pursuit, do Cluedo... mas eles lá querem saber disso quando podem estar com um comando na mão!

Eu também tinha isso tudo, embora num formato bastante mais amador. Era qualquer coisa hoje considerada um primórdio de uma playstation numa época pré-histórica lá bem distante (a minha infância!). Naquela altura, era mesmo muito à frente, ok?! Afinal de contas, sou uma privilegiada, vivi o melhor dos dois mundos.  Porque apesar disso ainda me lembro de quando andava para trás e para a frente com os nenucos, dando-lhe comida,de quando fazia casas para as barbies e de quando brincava às cabeleireiras. Nessa altura dedicava-me a meter rolos no cabelo de uma boneca, e como não tinha um secador de mise (como assim não tinha?!) metia-lhe um saco que ia dar ao mesmo! Cansava-me da brincadeira mais ou menos aí e ia brincar a outra coisa qualquer. (Ia dar com a boneca, dias depois, ainda com o tal saco o que significava que era hora de uma nova ida ao meu salão.)

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