Cinco pessoas. Cinco euros. Uma viagem feita por um grupo de aventureiros que querem procurar a essência de um país de forma diferente. Uma viagem... a Portugal.
O lema destes cinco amigos podia ser "querer é poder". Mas não. O nosso grande objectivo, para além de uma experiência única de vida, é desenvolver um roteiro alternativo que destaque este Portugal mais rural, de uma beleza imensa e de um sentido genuíno. Cinco estudantes em Idanha-a-Nova partiram de Mação numa aventura pelo país adentro.
Até onde vais com cinco euros? "Não vais longe", diriam algumas pessoas. "Não vais a lado nenhum", diriam os mais extremistas". Este grupo acreditou, e com cinco euros foi muito, muito longe!
De uma conversa ocasional surgiu a ideia de partirem e foi durante o mês de Fevereiro, num intervalo das aulas que se fizeram à estrada. Numa carrinha cedida pela West Coast Campers, levaram as mochilas e cada um...cinco euros no bolso. Partiram com uma enorme vontade de descortinar o desconhecido e de abrir mentalidades. Acreditam na velha premissa que o dinheiro não é tudo e tentaram provar isso mesmo, a eles e aos outros. Aliaram assim um roteiro por terras lusas, daqueles que não vêm nos mapas, à solidariedade. Apenas procurámos ajudar pessoas e instituições, destacado o seu papel na sociedade, em troca de alimentação, alojamento ou combustível. Todo este projecto se baseia numa troca. Fazer um intercâmbio entre meios rurais e urbanos, trocar serviços por ajudas não monetárias.
Definido o projecto, a primeira paragem foi Lisboa. Mas evitaram os trilhos turísticos. Pararam numa casa de Fados e quando explicaram a ideia que os ali levava tiveram um belo jantar lisboeta. Em troca serviram às mesas e trabalharam na cozinha. Procuramos numa altura de crise viver a realidade de muitas pessoas, que felizmente não é a nossa. Como ter de pedir comida. É quando nos colocamos no lugar de outra pessoa que nos tornamos mais humanos.
Setúbal, Alentejo, Coimbra, Aveiro. Os quilómetros iam-se acumulando. Lamego, Braga, Gerês, Gouveia. No Porto foram multados por mau estacionamento. No Piodão ajudam na construção de uma casa. Em Almeida deram uma palestra numa escola secundária, sobre o projecto, e em troca receberam um almoço e mais uma visita pela cidade. Em Leiria visitaram o Lar de Santa Isabel que acolhe crianças com carenciadas a quem deram toda a comida que tinham recebido até à altura. Nunca mais se vão esquecer.
A solidariedade é fundamental nos tempos que estamos a viver. Promover a atitude menos consumista e mais virada para a partilha. Ao longo de quinze dias a viagem foi muito intensa. Conheceram pessoas. Fizeram amigos e ganharam famílias emprestadas. Umas ajudaram-nos com compras, outras com alojamento, outras com refeições, outras com histórias que se gravam no coração. E eles em troca trabalharam, ajudaram e mais... mostraram que vale a pena acreditar.
Achamos que nós portugueses, temos um espírito solidário e aquilo que pretendemos é destacar o que de melhor têm as diversas localidades do nosso país e contemplá-las numa espécie de roteiro alternativo ao dito turismo de massas.
Quando regressaram à casa de partida, os cinco euros permaneciam na carteira. Mas eles vinham mais ricos.
Outras histórias:
Todos os países do mundo
Porque sorrir é o melhor remédio
Let's be happy together
A cozinha verde
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Até onde vais com cinco euros?
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Andreia Moita
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segunda-feira, abril 21, 2014
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Todos os países do mundo
Era uma vez um menino que gostava de jogar futebol e queria ser o melhor do mundo. Pediu, então, ao seu mentor para o treinar. O mentor marcou às 12h, na praia. Mas quando o menino lá chegou não havia bola. Achou estranho. Entrou no mar, conforme mandou o treinador,e sentiu-se afundar. O treinador estava empurrá-lo para baixo de água. O menino estava a ficar aflito. E o treinador disse quando quiseres ser o melhor jogador do mundo tanto quanto queres respirar, eu treino-te.
Para se realizar um sonho não basta querer. Tem que se querer muito. Tanto quanto se quer respirar. O Diogo contou-me esta história para ilustrar a sua. Queria muito conhecer todos os países do mundo. Mas como todas as pessoas não tinha tempo nem dinheiro. Dois problemas que se resolveram. Porque ele queria muito. Decidiu ir para a Europa, um mês, com um euro por dia. "Foi uma experiência de vida. Não te muda radicalmente, vai-te mudando aos poucos, com o tempo. Muda a forma como olhas para o mundo...como concretizas os teus sonhos..."
O Diogo não queria só viajar, em passeio. Queria mais. Por isso, ele distingue "viajar" de "fazer turismo". O Diogo queria conversar com as pessoas que moram nos outros países, queria saber quem elas são e conhecer os seus hábitos, e os seus sítios, sem tempos. E se isso implicasse não subir à Torre Eiffel hoje, então subia amanhã. "Queria conhecer as culturas. As pessoas olhos nos olhos. Não queria uma viagem totalmente pensada, totalmente projectada e definida, pelo contrário, queria que fosse a viagem a controlar-me a mim".
O Diogo tem 19 anos e estuda engenharia informática. Sem tempo nem dinheiro para avançar com o seu sonho, desenvolveu durante um semestre a ideia "Vou ali e já venho", porque as pessoas mais velhas passavam a vida a dizer-lhe que abdicaram dos sonhos, ao longo da sua vida, por um motivo ou outro. O Diogo decidiu que isso não ia acontecer-lhe. E começou a preparar-se para a grande aventura da sua vida.
Não foi fácil, nem foi de ânimo leve. Preparou-se física e mentalmente para estar um mês fora, sozinho e com 31 euros. Começou por falar com pessoas que já tinham feito o mesmo que ele, reduziu a alimentação porque não sabia quando ia poder fazer refeições, e pesquisou sobre tudo aquilo que pudesse afectar a sua integridade física. Depois, precisou de um bocadinho mais de tempo só para convencer a mãe "Ela pensava que eu estava completamente maluco!"
E partiu. De boleia. Com uma mala cheia de sonhos e desejos por concretizar. E muita ânsia. Com uma energia positiva que acabou por contagiar toda a gente com quem falava do projecto que estava a realizar. "Em Berlim, falei do projecto a um rapaz que encontrei na rua e ele gostou tanto que se ofereceu para ajudar quando eu estivesse na Republica Checa." No país anterior, o Diogo começava a arranjar contactos para ter lugar onde dormir no país seguinte, através de pessoas que ia conhecendo nas boleias, na rua ou no facebook. Mas como se conseguia manter, comer, dormir? No Luxemburgo trabalhou num Festival, em Paris uma senhora no metro deu-lhe dinheiro quando ele lhe falou do projecto, chegou a ajudar uma família, que lhe deu alojamento, com um problema no computador. E surpreendeu-se porque "As pessoas ajudavam sem pedir nada em troca"!
Numa altura em que tanto se fala de fazer um "gap year", quando perguntei ao Diogo se este foi o seu "gap month", ele disse-me: "Foi uma espécie de realidade paralela. Estava na minha vida até dia 31 de Julho depois tudo mudou e voltei no dia 1 de Setembro"
O Diogo pediu boleias. Dormiu em casa de pessoas que não conhecia. Deram-lhe comida e casa. O Diogo não conheceu só a França, o Luxemburgo, a Bélgica, a Alemanha, a República Checa, a Áustria e a Itália. Conheceu pessoas, conheceu hábitos, histórias, lugares. Fez amigos. E vai continuar, "porque ainda há tantos países". O Diogo quer conhecer mais que o mundo, quer conhecer todos os mundos. "Temos que ser nós os realizadores do nosso próprio destino. Identificar obstáculos e dificuldades e...passar por cima deles.", diz.
Para se realizar um sonho não basta querer. Tem que se querer muito. Tanto quanto se quer respirar. O Diogo contou-me esta história para ilustrar a sua. Queria muito conhecer todos os países do mundo. Mas como todas as pessoas não tinha tempo nem dinheiro. Dois problemas que se resolveram. Porque ele queria muito. Decidiu ir para a Europa, um mês, com um euro por dia. "Foi uma experiência de vida. Não te muda radicalmente, vai-te mudando aos poucos, com o tempo. Muda a forma como olhas para o mundo...como concretizas os teus sonhos..."
O Diogo não queria só viajar, em passeio. Queria mais. Por isso, ele distingue "viajar" de "fazer turismo". O Diogo queria conversar com as pessoas que moram nos outros países, queria saber quem elas são e conhecer os seus hábitos, e os seus sítios, sem tempos. E se isso implicasse não subir à Torre Eiffel hoje, então subia amanhã. "Queria conhecer as culturas. As pessoas olhos nos olhos. Não queria uma viagem totalmente pensada, totalmente projectada e definida, pelo contrário, queria que fosse a viagem a controlar-me a mim".
O Diogo tem 19 anos e estuda engenharia informática. Sem tempo nem dinheiro para avançar com o seu sonho, desenvolveu durante um semestre a ideia "Vou ali e já venho", porque as pessoas mais velhas passavam a vida a dizer-lhe que abdicaram dos sonhos, ao longo da sua vida, por um motivo ou outro. O Diogo decidiu que isso não ia acontecer-lhe. E começou a preparar-se para a grande aventura da sua vida.
Não foi fácil, nem foi de ânimo leve. Preparou-se física e mentalmente para estar um mês fora, sozinho e com 31 euros. Começou por falar com pessoas que já tinham feito o mesmo que ele, reduziu a alimentação porque não sabia quando ia poder fazer refeições, e pesquisou sobre tudo aquilo que pudesse afectar a sua integridade física. Depois, precisou de um bocadinho mais de tempo só para convencer a mãe "Ela pensava que eu estava completamente maluco!"
E partiu. De boleia. Com uma mala cheia de sonhos e desejos por concretizar. E muita ânsia. Com uma energia positiva que acabou por contagiar toda a gente com quem falava do projecto que estava a realizar. "Em Berlim, falei do projecto a um rapaz que encontrei na rua e ele gostou tanto que se ofereceu para ajudar quando eu estivesse na Republica Checa." No país anterior, o Diogo começava a arranjar contactos para ter lugar onde dormir no país seguinte, através de pessoas que ia conhecendo nas boleias, na rua ou no facebook. Mas como se conseguia manter, comer, dormir? No Luxemburgo trabalhou num Festival, em Paris uma senhora no metro deu-lhe dinheiro quando ele lhe falou do projecto, chegou a ajudar uma família, que lhe deu alojamento, com um problema no computador. E surpreendeu-se porque "As pessoas ajudavam sem pedir nada em troca"!
Numa altura em que tanto se fala de fazer um "gap year", quando perguntei ao Diogo se este foi o seu "gap month", ele disse-me: "Foi uma espécie de realidade paralela. Estava na minha vida até dia 31 de Julho depois tudo mudou e voltei no dia 1 de Setembro"
O Diogo pediu boleias. Dormiu em casa de pessoas que não conhecia. Deram-lhe comida e casa. O Diogo não conheceu só a França, o Luxemburgo, a Bélgica, a Alemanha, a República Checa, a Áustria e a Itália. Conheceu pessoas, conheceu hábitos, histórias, lugares. Fez amigos. E vai continuar, "porque ainda há tantos países". O Diogo quer conhecer mais que o mundo, quer conhecer todos os mundos. "Temos que ser nós os realizadores do nosso próprio destino. Identificar obstáculos e dificuldades e...passar por cima deles.", diz.
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terça-feira, dezembro 17, 2013
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Esticar a massa
Amassar, esticar, cortar, secar... São palavras que fazem parte do dia-a-dia da Joana. Brincar com cores, formas e sobretudo sabores. Fazer massa caseira é inovar. Esse é o objectivo da Muita Pasta.
Muito mais do que uma ideia gira, vem colmatar uma lacuna de mercado. Massa com alho? Com tomilho ou alecrim? Com limão e malagueta? Espinafres? Beterraba? Com a Muita Pasta, a Joana vai experimentando um sem limite de sabores. E nós podemos pedir-lhe estes ou qualquer outro que nos venha à cabeça, se ficar bom, mas só se ficar mesmo muito bom, ela faz!
"Ao princípio fazia o sabor de cenoura. Achei engraçado ficar cor de laranja. Fiz duas vezes em casa, com a receita ao lado e… nada! Zero cor de laranja!". A Joana conta que decidiu fazer massa caseira na altura em aprendeu a fazê-la, no curso de cozinha, na escola de Hotelaria e Turismo de Lisboa. Hoje, ela é fascinada pelo mundo das receitas. "Eu penso em comida, deliro com ingredientes, imagino receitas, vibro com boas fotografias e perco-me com utensílios antigos".
Já desde pequena que a comida faz parte do seu imaginário, da sua rotina, mas principalmente das suas criações. A Joana não se lembra de viver sem tachos ou rolos da massa à sua volta. "Desde sempre que se come bem na minha família. Lembro-me de se falar de comida à mesa desde cedo. De ir à Quinta e ver animais, fruta, legumes. De comer segundo as estações: agora castanhas à sobremesa, na Primavera espargos selvagens, no Verão sopa de tomate..." Talvez por isso, criar um negócio, que tivesse por base ser ela própria a fazer um ingrediente, faça todo o sentido.
A Joana lembra-se quando isto tudo começou, quando fez a primeira massa. E do momento em que se deu o clique. "Foi só quando recebi um estendal para pasta que achei piada ao formato esticadinho das massas e me lembrei de as pôr num pacote para oferecer. Ofereci e adoraram, desde aí até criar a página no Facebook foram uns dias..." Hoje, a Joana tem uma página onde nós podemos encomendar uma massa realmente caseira, e ainda podemos acompanhar em que fase do processo está a nossa encomenda. "Digo se a sua encomenda já está a secar, se a massa está feita e a vou esticar no dia seguinte, se está pronta, se já a enviei. Acho que as pessoas gostam de saber e sentem que as levo a sério e à sua encomenda. Também por isso o contacto não acaba quando ponho a caixa no correio. Gosto de saber se chegou bem, se já provaram, se me podem enviar uma fotografia..."
Ver a confecção até chegar à nossa mesa é uma inovação. O facebook "cria um laço muito mais pessoal com o cliente, tenho o à vontade para desejar uma boa semana, enviar smiles e a quantidade de pontos de exclamação que me apetecer", conta. A relação com os consumidores torna-se cada vez mais uma arma poderosa e hoje já nem sequer existe o medo de comprar online.
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Fotos cedidas pela Muita Pasta! |
A Joana não chegou a concluir um curso de design porque o trocou pela culinária. Mas hoje faz com que os dois andem de mãos dadas. Por isso dedica-se à encomenda mas para que seja mais do que um alimento e para que nos chegue algo verdadeiramente bonito. "Adoro fazer as etiquetas à mão, dar cada lacinho em cada pacote, publicar novidades na página e fotografar o que faço, é isto que mais gosto!", conta.
Se vocês forem amantes de massa como eu de certeza que vão querer experimentar sabores novos e que não existem por aí. Não precisamos de ser bons cozinheiros. Não precisamos de gostar de cozinha. Mas precisamos de provar coisas novas. Tal como diz a Joana... "Há cozinhas que são uma arte, talvez. Ou certos cozinheiros que são artistas. Mas também, não é a Arte que nos rodeia?!"
Podem fazer as encomendas directamente na página do facebook.
Podem conhecer além do projecto Muita Pasta, o blog da Joana.
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Aladina
Funmácia
A cozinha verde
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quinta-feira, novembro 21, 2013
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A cozinha verde
A cenoura e o alho francês têm um caso. Disse-me a couve-flor. Sim, sim. Os brócolos andam todos ciumentos, armados em parvos, sempre a meter-se entre os dois.
É de uma história parecida com esta que nasce A Cozinha Verde. Um projecto que pensa na alimentação saudável passando pelas iguarias da comida vegetariana e vegan.
Isto das hortaliças tem muito que se lhe diga, e este projecto está capaz de cativar até uma "anti-verdes" como eu, nomeadamente na parte da doçaria. Sim, porque eu já provei o bolo de chocolate vegan deste vídeo (com os devidos substitutos dos ovos e do leite) e posso, desde já, garantir que é óptimo.
A boa notícia no meio disto tudo? É que vocês, amantes de leguminosas ou simplesmente amantes de experimentar coisas novas, também podem provar. A Cozinha Verde aceita encomendas!
Fiquem à vontade para conhecer e provar :)
A Cozinha Verde no Facebook
A Cozinha Verde no blogue onde são partilhadas as receitas!
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quarta-feira, junho 05, 2013
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Ideias de génio para este natal
Quem é que por aí não gosta de um 'rico' bolinho caseiro? Pois é, o problema é fazer... não têm tempo para apontar receitas e muito menos paciência para medir doses? Esqueçam as medidas a olho... fazer um bolo além de delicioso pode ser muito mais fácil e rápido do que imaginam e com a dose certa! A "Aladina - Receitas de Génio" resolve.
A Alexandra Capelo criou a marca que permite ter as medidas certas, num frasco, às quais só é preciso juntar os ovos ou água ou leite, de acordo com a receita. E não vai faltar uma pitada sequer!
Este projecto nasceu em Março de 2011 e tem vindo a crescer a olhos vistos. "O conceito deste projecto é um pouco o reflexo de quem sou. Não gosto de estar horas na cozinha. Sou muito pragmática e apressada na cozinha, quanto mais rápido, melhor. Esta marca é isso mesmo, é rápida, mas também é deliciosa e bonita.", conta. Alexandra vivia rodeada de projectos fruto da imaginação das amigas e decidiu lançar-se também no seu, com a ajuda delas. "O facto de ter várias amigas com projectos próprios, maioritariamente na empresa onde trabalho, deu-me força e vontade para agarrar num meu."
A Aladina é um "One-Woman-Show", quer dizer, tem ajudas, e muitas, especialmente na altura de provar! "Sempre que faço uma degustação, uma parte tem de ficar de reserva, para não ficar ninguém 'zangado' comigo", conta. Além de ter um trabalho a tempo inteiro, ser casada e ter duas filhas, Alexandra dispensa imenso tempo a este "part-time" e por isso tem investido muito no negócio, não só na página do facebook mas também, por exemplo, em feiras de artesanato.
Hoje em dia os projectos pessoais, feitos em casa, estão a ganhar uma enorme força e isso deve-se muito ao momento de crise em que vivemos. Para este natal por que não oferecermos presentes em português e que são normalmente opções mais baratas? "Fazer as compras de Natal em português é um lema que tenho usado bastante ultimamente. Ajudemo-nos uns aos outros".
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Fotos cedidas pela Aladina. |
Para provar podem visitar a feira Natalis no dia 9 ou o mercado do CCB no dia 16. Ou então participem no desafio do facebook, contem uma história sobre um bolo cuja confecção correu mal, até dia 14, e podem ganhar um pote, tamanho jumbo, com a receita e ingredientes de Muffins de chocolate com amêndoas.
Agora digam lá que a Aladina não teve uma ideia de génio. Hum?!
Conheçam os projectos que fazem parte da história da Aladina:
* Baínha de Copas
* O meu monstrinho
* Be with me
* Dose Arte
* Estado d'graça
Outras ideias para o natal, aqui no blogue:
* Fazer um filme com a Happy Together
* Comprar sorrisos na Funmácia
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quarta-feira, dezembro 05, 2012
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Pinga amor, pingam sorrisos...
Se um dia encontrarem um coração com uma mensagem por aí, não o deixem lá ficar. Levem-no. Ele foi deixado com um propósito muito especial, fazer-vos sorrir. E sorrir custa alguma coisa?
Diariamente, pequenos corações feitos de crochet, de tecido, com remendos ou de papel são espalhados em vários locais públicos com uma mensagem agarrada. Cafés, monumentos ou jardins são constantemente brindados com este "pingo de amor". As 'regras do jogo' são fáceis, os saltimbancos fazem e dão-nos o 'pingo'. Para nós fica a parte mais fácil, levá-los connosco para casa!
"Queremos provocar sentimentos de esperança, amor, amizade, alegria e confiança no futuro e na humanidade. Pois acreditamos piamente que nem tudo na vida tem de ser cinzento, especialmente nesta época", quem o diz é o Pedro Menezes, um dos fundadores do projecto "Pinga amor por aí".

Os corações do Pedro são feitos de origami, por isso ele costuma deixá-los presos nos pára-brisas dos carros, por exemplo. Já eram tantos os origami que preenchiam as suas prateleiras que ele achou que os devia dar. "Pensei para mim que os deveria partilhar. Até porque precisava de mais espaço para colocar novos origami. E assim fiz, comecei a deixá-los por aí". Mas não o fez sozinho. A Liliana tinha o hábito de dar textos na rua às pessoas e flores no dia da mulher e um dia um dos seus filhos disse-lhe que ela andava a pingar amor. Ela vai daí e criou o blogue onde, hoje, se partilham os locais onde são colocados os pingos e se conversa com as pessoas que os vão encontrando.
Uma questão de acreditar
Depois de largarem o primeiro pingo a 18 de Junho, em Lisboa, juntaram-se a eles pessoas do país inteiro e emigrantes no Luxemburgo e Holanda. Depois veio o Canadá, o Brasil e os EUA. Hoje, já não são só os nossos emigrantes mas também pessoas locais a deixar cair pingos de amor por lá.
O Pedro pensa que as pessoas têm de aprender a ser felizes com o que têm. Em países como a Índia ou o Brasil, onde a situação é igual ou pior do que a nossa, encontrar um pingo de amor não é motivo de desconfiança. "Para eles, soltar Pingos de Amor é a coisa mais natural do mundo". Em Portugal não. Em Portugal ainda é muito difícil aceitar que as pessoas possam "dar" só porque sim, sem nada na manga. "Talvez pudéssemos aprender um pouco com eles", diz.
Será que os portugueses ainda não conseguem simplesmente acreditar? Será que a ideia de fazer o bem está tão desacreditada entre nós? Há pessoas que chegam a ver os corações sem nunca lhes tocar, ou então experimentam primeiro com o pé "não vá ele morder", conta o Pedro. "Esta desconfiança é fruto do que a sociedade de hoje nos impõe, sermos racionais, pensarmos e não sentirmos. Assim, se um coração foi deixado ali, tem de haver uma justificação racional, para além da simples bondade." E é por isso que o Pedro acredita que hoje além de uma crise económica vivemos com uma grave "crise de valores".
Apesar disso, a ideia de deixar amor espalhado ao acaso, por aí, está a seguir um rumo que os fundadores não esperavam no início. Todos os dias, há pessoas a quererem juntar-se a eles nesta demanda. E é graças a estes saltimbancos que um dia podemos vir a sentar-nos numa esplanada e encontrar um pingo de amor.
"Leva-me", "Take me", "Prendre moi", "Neem me mee", façam o que eles pedem! Às vezes faz falta um pingo de amor, para nos fazer sorrir sem motivo nenhum, assim, por nada. Levem-nos e sorriam, afinal, é só isso que eles pedem em troca.
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Imagens cedidas pelos saltimbancos do "Pinga amor por aí" |
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segunda-feira, setembro 03, 2012
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Um mercado de todos para todos
Há uma rua em Lisboa que mistura cores com cheiros e música. Há uma feira que junta flores com roupas e bijutarias. E livros com bolachas e doces com brinquedos. Esta feira, nesta rua, é o LxMarket, no Lxfactory, para vender e comprar a preços baixos!
"O LxMarket tem orgulho em ser português, mas as culturas misturam-se e o mundo é global, por isso a nossa abertura é total para quem tenha ideias criativas, originais e interessantes que nos possam ajudar a fazer um mercado de qualidade e diferente dos que já existem", quem o diz é Teresa Lacerda, da organização do projecto. E a diferença é que aqui toda a gente pode ser feirante. Quem tiver uma ideia de produtos para vender pode montar a sua banca nesta rua, através de inscrição prévia. É uma ideia para as pessoas comuns que podem pegar no que têm em casa, que já não querem, e vender. É uma ideia também para quem tem jeito para alguma arte a poder mostrar sob o lema deste mercado, "2ª mão de primeira", um mercado de todos e para todos.
Além das bancas e dos espectáculos de dança para animar a tarde, há também uma componente de solidariedade em tudo isto. "Ser solidário tornou-se uma responsabilidade de todos nós, já não é apenas aquele grupo de pessoas ou empresa que o faz. Como cidadãos e empresas temos de estar atentos ao que se passa à nossa volta e ajudarmos quem mais necessita", por isso há sempre uma instituição de solidariedade presente aos domingos. "Tem resultado muito bem e as instituições pedem para voltar", explicou a responsável.
"É um sítio onde se fazem boas compras, se divertem e é transversal em termos de idades. É sem dúvida um bom programa de domingo". As pessoas visitam este mercado pela curiosidade, para passear, mas acabam por descobrir coisas que não estão habituadas a ver, coisas alternativas, num espaço meio trendy ao estilo vintage, mas muito abrangente. E já que a crise está para ficar e parece que o calor também, para quê ir para um centro comercial fechado e onde os saldos já nem são o que eram? O mercado em segunda mão, com artigos artesanais e feitos à mão começa a fazer sentido. "Cada vez mais é a escolha de muita gente, por necessidade mas também por mudança de atitude".
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quinta-feira, julho 26, 2012
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Let's be "happy together"

"Juntando as conversas, constantes, de crise e de que tudo vai mal, um dia resolvemos pôr mãos à obra e tentar. Não temos nada a perder". A Raquel e o Zacarias acreditaram que podiam ser e fazer pessoas felizes. Como? Fazendo a coisa mais simples que há. Eles fazem as pessoas sorrir e captam esse sorriso através das objectivas. Depois constroem um filme onde todos os sorrisos fazem com que as pessoas sejam felizes. Dar alegria a alguém, afinal, não é tão fácil?
Não são aqueles filmes iguais aos dos casamentos, não. A ideia é fazer um filme sobre qualquer coisa que seja digna de ser memorável. Até pode ser um filme do animal de estimação, de um piquenique na praia, de um aniversário."Queremos apenas registar o momento e depois construir um "happy film". Não queremos poses ou encenações, tudo ao natural é mais bonito e quando as pessoas estão realmente felizes não precisam de fingir", explica Raquel.
Portanto, não é preciso o sorriso trinta três para ter uma recordação bonita. Basta deixar a Raquel e o Zacarias andarem lá pelo meio que eles tratam estar com atenção no momento certo. Normalmente é o Zacarias que trata da parte do filme e da pós produção. A Raquel vai ajudando nesse processo e faz toda a parte de comercial e de comunicação de que o projecto necessita, agora que está no início. Juntos, criaram a "Happy Together - films about you", nome baseado na música dos Turtles "So happy together".
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Fotos cedidas pela Happy Together |
O projecto deles funciona em casa. Ainda precisa de muitos contornos para se tornar naquilo que eles sonham. Ainda está a começar, mas eles estão a tentar contornar a difícil crise que muitos gostam de apregoar, eles estão a fugir à tristeza que tanto tem vindo a manchar a vida dos portugueses, eles estão a tentar a sua sorte cá dentro do seu país. "Queremos fazer dinheiro com isto e penso que há espaço. Quando ouço que as coisas estão muito mal penso: para mim nunca estiveram muito bem, sempre tive de trabalhar para ter e fazer as minhas coisas, por isso para mim está igual." Mas pode mudar, porque eles ousaram tentar a sorte. E como, no fundo, todos nós desejamos um bocadinho do mesmo...vamos ser "happy together"!
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quarta-feira, julho 11, 2012
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"Porque sorrir é o melhor remédio"
Nunca sorri tanto numa farmácia. Nunca quis trazer tantos medicamentos. Nunca me apeteceu tomar comprimidos nem que fossem cor-de-rosa. E agora apetece. Preciso de um estimulador de paciência. Também preciso de um suplemento de riqueza que me vai fazer maravilhas à alma. Mas isto sou eu. Vocês precisam de quê? De um activador de optimismo? De um redutor de dívidas?
Estou a falar de uma farmácia que é fun. É a funmácia criada a pensar nos vírus que estão infectar a nossa boa disposição. É preciso curar isso e rápido. "Uma parte de nós é muito afectada, em termos psicológicos pelos problemas sociais, que é o caso, por exemplo, da crise, mas não há nada que cure isso efectivamente e o que nós queremos é transmitir boa disposição, sorrisos, gargalhadas!", quem o diz é Ricardo Belchior, um dos sócios da funmácia.
A ideia de transformar açúcar em 'medicamentos' aconteceu durante uma viagem a Barcelona. Pegaram na ideia de 'nuestros hermanos' e adaptaram ao contexto português recriando o conceito. " Inicialmente pensámos que ia ser um hobby, um complemento aos nossos trabalhos, mas percebemos que se queríamos que a marca tivesse sucesso teríamos que nos dedicar a tempo inteiro". A área de designer do Bruno juntou-se à gestão do Ricardo, ambos tomaram uma dose de empenho, dedicação e optimismo e juntos fizeram nascer a marca em Portugal. "Há um bocadinho falta de crença, todos devemos acreditar naquilo que nos define e não nos sentarmos à sombra da bananeira à espera que a crise passe. Eu acho que é importante haver um choque para despoletar o que há dentro de nós que é o instinto sobrevivência... acreditar em projectos e avançar com força".
Dentro da loja os funmaceuticos estão vestidos de bata branca e ajudam-nos a levar a dose certa para curar a nossa dor, só é preciso apresentar a receita: gulosice. O processo é simples, escolher um boião ou recipiente, colocar as gomas ou chocolates (e encher bem) escolher o rótulo mais indicado e depois de selado temos de agir rápido...comer a dose recomendada.
Mas de que é que os portugueses andam a precisar mais? Será de um potente intensificador de salário para tomar todos os finais de mês? "Normalmente dizemos para não acabar o stok do intensificador de salário para que o nosso governo não fique chateado", brincou Ricardo. Então o que é que está no topo da tabela destes utentes? "A procura maior é o inibidor de mau feitio". Na realidade o povo português quer é andar contente e este é o conceito perfeito, oferecer felicidade a alguém, numa caixa de comprimidos.
As pessoas têm revelado interesse pelo conceito desenhado mais para um público jovem-adulto. Mesmo quem não conhece entra pela curiosidade e há ainda quem ache que está a entrar numa farmácia a sério. Junta-se a curiosidade à água na boca. "O nosso slogan é 'porque sorrir é o melhor remédio', faz todo o sentido". Faz, e o sucesso surge assim mesmo, o próprio produto fala por si, faz-nos sorrir.
E eu...acho que estou a ficar doente!
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A 'Funmácia' fica na Av. António Augusto Aguiar, 167 (perto do El Corte Inglès) |
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sexta-feira, junho 08, 2012
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