La, la...sukran!



Marrocos, 12 Junho 2011
Dia 2 # Marraquexe (Marrakech)

Eu não gosto de todo o tipo de comida, sou esquisitinha, pronto. Não fazia  ideia do que ia encontrar em Marrocos. Pensei que ia emagrecer e isso não era exactamente mau. O melhor era o pequeno-almoço! É que as outras refeições, apesar de não serem más, não eram muito variadas. Havia cuscus (uma espécie de arroz muito pequeno), tajine (algo semelhante a uma perna de frango, mas embrulhada num molho amarelo) e brochetes (uma espetada com carne sabe-se lá de quê). Ainda bem que a pizza é uma coisa universal.

Mas uma aventura maior do que comer era atravessar a estrada, mesmo nas passadeiras. Parar?... Oi? O código da estrada em África deve ser diferente do europeu, ou então estão sempre com pressa de chegar a casa para se porem à fresca.
Passear pelas ruas é sempre uma incerteza. Por vezes, o preconceito pode salvar-nos de pagar por uma simples informação (tipo esquerda ou direita). Outras vezes pode levar-nos a desconfiar da pessoa com as melhores intenções. E ambas as situações aconteceram portanto… sem remorsos. O que acontece muito em Marrocos é que são muito amáveis, dão-nos informações e insistem (muito!) em acompanhar-nos até ao local pretendido. E se às vezes o fazem por simples gentileza, muitos usam esta estratégia para ganhar uns trocos, e ficam mesmo ofendidos se nada lhes cair na mão!

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O palácio El Bahia dá-nos a conhecer o estilo de vida de um nobre marroquino do século XIX. A entrada é paga mas vale a pena ver por dentro. A arquitectura é bonita e acima de tudo diferente (claro!).
Os Jardins Majorelle, um pouco mais afastados do centro, contêm várias colecções de plantas provenientes de vários pontos do globo.

De noite sucumbimos ao luxo. É impressionante como uma cidade pode ser contraditória. Bem sei que em Lisboa também há mansões e do outro lado da rua pessoas sem-abrigo. Mas em Marrocos tudo isto parece ser a uma escala bastante maior. A pobreza, degradação e sujidade de um lado é ofuscada pelo atractivo de altos edifícios bem arranjados junto a um arrebatador casino, dando assim lugar à riqueza dos grandes ‘sheiks’ árabes.

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Contudo, reserva-se-me o direito de dizer que a imagem de marca no segundo dia continua a ser o negócio e aprender rapidamente o valor do dinheiro é uma mais-valia. Por cada rua que se passa é preciso aprender a dizer “no, gracias” ou “La la, sukran”, em árabe. (Não, obrigado) É isso ou trazer sacos cheios de compras.

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