A cor da Feira Popular sempre me fez feliz. A cor e o barulho. Muito barulho. Tudo a tocar. Toda a gente a gritar. Toda a gente a rir. De satisfação. Toda a gente contente, alegre e divertida. Sem pensar em mais nada senão naqueles momentos de pura loucura. De momentos passados com família ou com amigos onde se veem sorrisos e caras felizes. Depois as pipocas e o algodão doce. E vai até uma bifana. E mais uma ficha e mais uma voltinha e mais uma moedinha.
Em miúda fui com os meus pais. Mas não podia andar na montanha russa. Era pequena. Mas eu queria tanto! Lembro-me bem da lagarta verde que passava dentro de um maçã. E a minha mãe ia comigo. E o meu pai também!
Depois mais crescida, fui com os meus amigos. E era sempre preciso muito cuidado, eram precisas sempre muitas recomendações. Porque eu sempre fui uma grande maluca! Mais uma chapinha! E mais um ficha e mais uma voltinha e mais uma moedinha.
Eram mesmo momentos bem passados. Depois fechou e deixou o espaço vazio, sem alma, sem vida, sem nada. Depois disso restava-nos o Fun Center no Colombo. Mas não era a mesma coisa. E depois ficou só o bowlling. E agora foi-se. Foi-se tudo.
Restam hoje em dia as festas da cidade, ou da aldeia. As melhores ainda metem algumas coisas a voar e carrinhos de choque. Mas não eram, já não são a mesma coisa. E mais um ficha e mais uma voltinha e mais uma moedinha.
Agora a feira popular vai voltar. Uma espécie disso. É na FIL, desde hoje até dia cinco de Janeiro, e chama-se Diverlandia. Mas não será a mesma coisa. Nem o nome cheira à mesma coisa. Nem soa à mesma coisa. Nem sabe à mesma coisa. Mas como sempre, as meninas bonitas não pagam, mas também não andam!
Sem comentários:
Enviar um comentário