Quando experimentei fazer yoga, a senhora pediu-me para fazer de árvore. Disse-me para levantar a perna direita e cola-la à esquerda fazendo um triângulo e apoiando-me só na perna esquerda. Disse-me para levantar os braços e juntar as mãos. Se me desequilibrasse, como é óbvio que aconteceu, não havia problema, porque as árvores balançam com o vento.
A calma irrita-me. Mas aquela calma, intensificada com aquela música, não me irritou...fez-me rir. As pessoas estavam a levitar à minha volta. Estavam sempre de olhos fechados e muito tranquilas. Se eu fechasse os olhos por mais de dois minutos estava capaz de adormecer. Eu não sou zen, não sou tranquila, nem calma. Mas se pedem que relaxe, muito bem, adormeço. Naquele dia, fiquei de olhos abertos a apreciar as pessoas a serem zen.
Não contente com esta tragédia, resolvi ir experimentar pilates. E mal meto um pé dentro da sala vejo os colchões já no chão. E ouço a música. Ouço aquela música e todo um plano se começa a delinear na minha mente. Hora da sesta?
Deitei-me de barriga para baixo e levantei as pernas e os braços a alguns centímetros do chão.Mesmo que tudo á minha volta me fizesse rir, achei que ia morrer de dores. E no dia seguinte tinha dores nos abdominais. A senhora disse as palavras mágicas. "Devagar" e "Relaxem". São capazes de ser as duas palavras que mais gosto no ginásio. As duas conjugadas na mesma frase então é o apogeu.
Percebi, finalmente, que a filosofia oriental não é para mim. Dizem que é uma coisa que vem com a idade.
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