Never grow up...


Na Terra do Nunca ninguém cresce.
No País das Maravilhas estão todos sempre contentes entre devaneios loucos.
Mundos como estes lá fora para descobrir e eu por aqui. Que tempo perdido.
Nem o Peter Pan me entra pela janela e me rouba a sombra, nem o coelho me leva pela toca abaixo para jogar às cartas.

Se ao menos o génio da lâmpada existisse mesmo...

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Cenário perfeito: Se a aula no ginásio é às 8h da manhã, então o plano é acordar cedo, tomar o pequeno-almoço com tempo, chegar nas calma, vestir tranquilamente, fazer um aquecimento e depois entrar na aula e sair de lá com problemas de respiração.

Cenário real: Se a aula no ginásio é às 08h então o plano é... (Oi? 08h? Quem é que vai a aulas no ginásio a essa hora?) deixar o despertador tocar mil vezes, engolir o pequeno-almoço, correr para chegar a tempo de ainda me equipar, chegar já depois da aula ter começado e ficar amuada na bicicleta (onde se perde uma média de 20 calorias em dez minutos. O que é óptimo, já dá para comer uma salsicha de perú).


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Quando o telefone não toca...outra vez

Há uma certa tendência nos telemóveis que me fazem chegar ao iphone. Parece que o mundo inteiro devia ter um. As pessoas deixam mesmo que dizer "onde está o meu telemóvel?" para passar a perguntar "onde está o meu iphone?". Os telemóveis são uma coisa. Os iphones são uma entidade.

Quando me actualizei e passei do telemóvel a preto e branco para um smartphone houve alguma coisa que se alterou. Eu já podia fazer todas as coisas que antes não queria, nem precisava. Mas passado dois anos não foi o suficiente. Viver com um nerd também não ajudou nada. E hoje tenho um iphone. E, portanto, hoje percebo qual é o problema das pessoas com a escrita super inteligente e autónoma que o iphone decide fazer.

Espaço. Hoje posso ter tudo que bem me apetecer dentro daquela máquina.

A rapidez. Um ponto tão positivo de ter um iphone!

Face time. A invenção século. Falar de borla entre iphones. Tudo bem que é um egoísmo ser só entre iphones, mas em todo o caso dá muito jeito, tendo em conta que o meu antigo telemóvel ultimamente nem me permitia atender quanto mais falar...

O som. Parece uma verdadeira aparelhagem. Vai comigo para o quarto, para a cozinha, para o banho...

Aplicações. Aprendi que existem aplicações para tudo, inclusivé uma aplicação que me manda beber água de meia em meia horaGosto pouco de receber ordens e muito menos vindas de uma máquina... portanto apaguei-a com a mesma rapidez com que a instalei. Se estiver doente e me esquecer dos medicamentos, há uma app para me lembrar. Se quiser escolher a melhor fruta no supermercado há uma app para me ajudar. Ainda não consigo fritar ovos e ainda continuo à espera de uma app para passar a ferro. Mas tudo bem, serei eu a inventá-la!


A aposta

O que é que pode ser mais importante para uma mulher do que ir às compras?
Não ter peças novas no armário, uma roupita para estrear, um vestido novo para a festa da amiga, uns sapatos fazem sempre falta, um casaco agora para a chuva...
Mais importante do que isto...é o seu orgulho.

Apostei que não comprava nem uns brincos durante dois meses. A aposta acaba no dia 23.
Depois das férias ficou decidido lá em casa que era preciso poupar. A solução foi apostar quem era o primeiro a ir às compras. Terríveis consumidores!!!
Quem sucumbisse a entrar numa loja teria de desembolsar 150 euros a favor do porquinho comunitário.
A aposta acaba no dia 23.

Até agora tudo a decorrer nas calmas... O armário espaçoso. As contas a ficar na ordem. Nós a passar frio, porque as botas do ano passado estão rotas, mas tranquilo, porque estamos ambos a cumprir a aposta direitinha. Quem se lixa é o raio do porco, que não recebe nem um cêntimo.

A aposta acaba no dia 23.

Eu vou conseguir na boa.
Nem sequer estou a precisar de nada!


A romã e a fórmula secreta # 2


Quando há dois anos escrevi este texto não descobrir a pólvora.
Mas também não mais me preocupei com isto. Mas não sou de desistir e voltei a questionar-me sobre como se come uma romã. Não descobri.
Mas ao menos já sei como se descasca:




The giver

Memories are forever.

Imagina um mundo sem emoções.
Um mundo sem memórias. Imagina um mundo a preto e branco.

Há um uma comunidade que vive sem luz. Sem recordações. De nada. Não têm memórias do que é amor para que não haja ciúme. Não têm memórias de afectos, para não saberem o que é ódio. Não se lembram o que é a diferença racial ou religiosa, são todos iguais, para não saberem o que é a discriminação.
Não têm memórias do que é bom, para não se lembrarem do que é o mau. Todo o bem... gera o mal.

Vivem mecanizados para não sentir. Vivem no escuro.
Mas há alguém que vê a cores. E suporta em si, sozinho, o peso das memórias.


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Home Sweet Home # 17

Ninguém me tinha dito isto!


Em pânico

"Depois de tirar os sisos, isto não deve ser nada"!, disse-me o dentista a preparar-se para me fazer a limpeza. Eu já estava em pânico. Aliás eu já estava em pânico desde que telefonei a marcar a consulta, dia em que o suor me escorria pelas mãos abaixo. Acho que as minhas mãos se estão a encher de água agora, no momento em que escrevo sobre o dentista. É uma maldição.
Quando chega a altura de pagar dá-me sempre outro arrepio, principalmente na parte em que me perguntam "quer marcar já a próxima consulta?"

Há coisas que eu não entendo nesta vida. Uma delas é... quem é que tem o sonho de ser dentista? Quem é que desde pequeno fica ali a brincar aos dentistas... Poupem-me o espírito!

Se há coisas más na vida, ir ao dentista é uma delas. Ir ao ginecologista é outra. E ir cortar o cabelo é outra. Sim, cortar o cabelo, dói.